UFSCar tem obras finalistas no Prêmio Jabuti
São Carlos
Livro de poemas de docente do DL e títulos de jornalismo da EdUFSCar estão entre os selecionados
O professor Wilson Alves-Bezerra, do Departamento de Letras (DL) da UFSCar, teve seu livro de poemas em prosa Vertigens, publicado pela Editora Iluminuras, incluído na lista dos finalistas da 58ª edição do Prêmio Jabuti na categoria "Poesia". A obra engloba uma coleção de 29 poemas em prosa que se destacam por suas exuberantes imagens e sonoridade. Os poemas do livro estão estruturados em torno à vertigem vertigem da língua, das línguas, dos corpos, da linguagem. "Vivemos em um mundo de saturação de informações e significados. A proposta do livro é saturar os significantes, recombinando-os. Ou seja, enlouquecer a linguagem para que cada leitor possa recombiná-la", ressalta Wilson.
O docente explica que o princípio da recombinação está na origem do poema em prosa: "Assim fez Baudelaire em uma dedicatória dos seus 'Pequenos poemas em prosa': 'uma obra da qual ninguém pode dizer, sem injustiça, que não tem pé nem cabeça: nela tudo é ao mesmo tempo cabeça e pé'. Cada um viverá sua vertigem", enfatiza. Os poemas da obra foram escritos entre 2010 e 2011. "A literatura na qual acredito só se justifica se puder ela mesma promover uma experiência de deslocamento. Como dizia Haroldo de Campos, 'um livro de viagem onde a viagem seja o livro'", afirma.
Wilson já foi finalista, há seis anos, na 52ª edição do Prêmio, na categoria Tradução Literária Espanhol-Português. Naquela ocasião, foi indicada sua versão da obra "Pele e Osso", do psicanalista e escritor argentino Luis Gusmán. O docente reforça que sente uma grande alegria ao ser indicado novamente ao Jabuti. "Da primeira vez, fui indicado como tradutor, e o tradutor é um leitor privilegiado, que escreve o já escrito, mas de outro modo. Agora, ser indicado como poeta, que traz uma dimensão autoral, é muito gratificante. Quando se traduz, há o original como referência. Quando se escreve um livro próprio, a referência é a própria literatura: muito mais liberdade permite erros muito maiores ou algum acerto, como parece ser o caso. Também é um grande privilégio voltar a falar das vertigens, vê-las circulando mais, com mais leitores. Se um prêmio ou possibilidade de prêmio é uma chance de falar mais sobre literatura, então alcançamos algo muito valioso", acredita. Sua obra finalista do Prêmio Jabuti 2016, "Vertigens", está disponível para compra no site da Iluminuras.
Além disso, dois títulos de jornalismo publicados pela EdUFSCar também estão concorrendo ao Prêmio na categoria "Comunicação". São eles "Para além do código digital: o lugar do Jornalismo em um mundo interconectado", do jornalista e pesquisador Carlos Sandano, e "Jornalismo em trânsito: o diálogo social solidário no espaço urbano", da também jornalista e pesquisadora Mara Ferreira Rovida. As obras se originaram em um mesmo grupo de pesquisa coordenado pela professora Cremilda Medina, da Escola de Comunicação e Artes (ECA), da USP, e incorporam conceitos de narrativas da contemporaneidade e o signo da relação, levando adiante a reflexão da responsabilidade social do jornalista e seu papel no mundo atual.
Em "Para além do código digital", o autor revê criticamente os valores tradicionais do Jornalismo comumente abordados, como a imparcialidade e a objetividade. Também reflete sobre lugar e os sentidos dessa prática diante dos fluxos digitais de informação. Já na obra Jornalismo em trânsito", Mara realiza um mergulho empírico no trânsito de São Paulo para pensar o Jornalismo como um espaço de encontro das diversidades. Com isso, passa pela Sociologia e reflete sobre a prática jornalística voltada ao diálogo social solidário. Os livros estão disponíveis para compra no site da EdUFSCar, em www.editora.ufscar.br.
A relação dos vencedores do Prêmio Jabuti será divulgada no dia 11 de novembro e a entrega do Prêmio acontece no Auditório Ibirapuera, em São Paulo (SP), no dia 24 de novembro. Neste ano, haverá também o Prêmio Escolha do Leitor, no qual os livros das categorias "Poesia", "Conto" e "Romance" poderão ser votados pelo site www.amazon.com.br/premiojabuti.
O docente explica que o princípio da recombinação está na origem do poema em prosa: "Assim fez Baudelaire em uma dedicatória dos seus 'Pequenos poemas em prosa': 'uma obra da qual ninguém pode dizer, sem injustiça, que não tem pé nem cabeça: nela tudo é ao mesmo tempo cabeça e pé'. Cada um viverá sua vertigem", enfatiza. Os poemas da obra foram escritos entre 2010 e 2011. "A literatura na qual acredito só se justifica se puder ela mesma promover uma experiência de deslocamento. Como dizia Haroldo de Campos, 'um livro de viagem onde a viagem seja o livro'", afirma.
Wilson já foi finalista, há seis anos, na 52ª edição do Prêmio, na categoria Tradução Literária Espanhol-Português. Naquela ocasião, foi indicada sua versão da obra "Pele e Osso", do psicanalista e escritor argentino Luis Gusmán. O docente reforça que sente uma grande alegria ao ser indicado novamente ao Jabuti. "Da primeira vez, fui indicado como tradutor, e o tradutor é um leitor privilegiado, que escreve o já escrito, mas de outro modo. Agora, ser indicado como poeta, que traz uma dimensão autoral, é muito gratificante. Quando se traduz, há o original como referência. Quando se escreve um livro próprio, a referência é a própria literatura: muito mais liberdade permite erros muito maiores ou algum acerto, como parece ser o caso. Também é um grande privilégio voltar a falar das vertigens, vê-las circulando mais, com mais leitores. Se um prêmio ou possibilidade de prêmio é uma chance de falar mais sobre literatura, então alcançamos algo muito valioso", acredita. Sua obra finalista do Prêmio Jabuti 2016, "Vertigens", está disponível para compra no site da Iluminuras.
Além disso, dois títulos de jornalismo publicados pela EdUFSCar também estão concorrendo ao Prêmio na categoria "Comunicação". São eles "Para além do código digital: o lugar do Jornalismo em um mundo interconectado", do jornalista e pesquisador Carlos Sandano, e "Jornalismo em trânsito: o diálogo social solidário no espaço urbano", da também jornalista e pesquisadora Mara Ferreira Rovida. As obras se originaram em um mesmo grupo de pesquisa coordenado pela professora Cremilda Medina, da Escola de Comunicação e Artes (ECA), da USP, e incorporam conceitos de narrativas da contemporaneidade e o signo da relação, levando adiante a reflexão da responsabilidade social do jornalista e seu papel no mundo atual.
Em "Para além do código digital", o autor revê criticamente os valores tradicionais do Jornalismo comumente abordados, como a imparcialidade e a objetividade. Também reflete sobre lugar e os sentidos dessa prática diante dos fluxos digitais de informação. Já na obra Jornalismo em trânsito", Mara realiza um mergulho empírico no trânsito de São Paulo para pensar o Jornalismo como um espaço de encontro das diversidades. Com isso, passa pela Sociologia e reflete sobre a prática jornalística voltada ao diálogo social solidário. Os livros estão disponíveis para compra no site da EdUFSCar, em www.editora.ufscar.br.
A relação dos vencedores do Prêmio Jabuti será divulgada no dia 11 de novembro e a entrega do Prêmio acontece no Auditório Ibirapuera, em São Paulo (SP), no dia 24 de novembro. Neste ano, haverá também o Prêmio Escolha do Leitor, no qual os livros das categorias "Poesia", "Conto" e "Romance" poderão ser votados pelo site www.amazon.com.br/premiojabuti.
27/10/2016
13:00:00
07/11/2016
0:01:00
Adriana Arruda
Não
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Vencedores do Prêmio Jabuti serão divulgados em 11/11. Imagem: Reprodução
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