Pesquisa de grupo da UFSCar recebe prêmio na área de Visão Computacional
São Carlos
Um estudo do grupo de processamento de imagens biomédicas (Biomedical Image Processing Group - BIPG), do Departamento de Computação (DC) da UFSCar, investiga como a aplicação de técnicas computacionais, em especial aplicada à Microscopia Intravital (MI), é capaz de auxiliar os especialistas da área biológica e da saúde no entendimento das interações leucócito-endotélio na microcirculação de vários órgãos de camundongos.
Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células responsáveis pela defesa do organismo contra infecções, alergias e outras doenças. O objetivo do estudo é compreender melhor as ações inflamatórias em análises in vivo, ou seja, em animais vivos, com maior precisão. A Microscopia Intravital (MI) é uma técnica sofisticada de microscopia que permite observar in vivo a microcirculação em órgãos de animais anestesiados ou conscientes e também analisar interações biológicas complexas e de mecanismos potenciais de doenças, explica o doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFSCar, Bruno Gregório da Silva, autor da pesquisa, junto à professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Juliana Carvalho-Tavares e Ricardo J. Ferrari, docente do DC e orientador de Bruno.
A intenção do grupo é criar uma ferramenta online em que especialistas da área biológica ou qualquer outra pessoa interessada possam processar suas análises em forma de vídeo, obtendo como resultado medidas estatísticas extraídas pelo software de forma mais precisa e rápida, destaca Ferrari.
Os pesquisadores explicam que a MI pode revelar respostas em análises celulares na forma espacial e temporal, podendo ser conduzida sob condições próximas àquelas encontradas em um ambiente natural. Essa característica se sobrepõe às técnicas in vitro por, justamente, por ser capaz de reproduzir interações celulares de forma mais realística. Isso se dá pelo fato de que as células em análise têm seu comportamento influenciado por diversos fatores, incluindo os gradientes de citocinas (substâncias do sistema imunitário), interações com outros componentes celulares e extracelulares e as forças do fluxo sanguíneo, explicam.
Pesquisa premiada
A pesquisa foi premiada como melhor artigo no XII Workshop de Visão Computacional, realizado em novembro em Campo Grande, MS. Visão computacional é o campo da Computação que estuda os meios de extrair informações importantes em uma imagem, permitindo a descrição clara dos objetos nela contidos, por exemplo, define Bruno.
Segundo Ferrari, o desenvolvimento desse estudo partiu de uma necessidade real relatada pela professora Juliana. Em 2002, durante meu pós-doutorado na University of Calgary, no Canadá, conheci a professora Juliana que, na época, já trabalhava com MI. Soube, por ela, que as análises eram - e até hoje continuam sendo - realizadas de maneira visual pelos especialistas. Ela disse que, além de consumir muito tempo, tais análises dependiam da experiência do observador e que resultados imprecisos poderiam ser gerados, devido à fadiga natural do observador.
Algumas das etapas dessa pesquisa vêm sendo desenvolvidas desde 2010, partindo de um projeto financiado pelo CNPq (Projeto Universal), de trabalhos de iniciação científica e do trabalho de mestrado do Bruno, que demonstraram resultados bastante promissores na época, segundo Ferrari. O trabalho está em fase de aperfeiçoamento e novas técnicas estão sendo estudadas para melhorar ainda mais os resultados. Esperamos que, em breve, possamos ter uma interface web de acesso público a ser utilizada por especialistas da área biológica.
O BIPG é liderado pelo professor Ricardo J. Ferrari. A pesquisa possui colaboração do Departamento de Fisiologia e Biofísica da UFMG, representado pela professora Juliana e, até o momento, recebeu financiamento pela Fapesp, Capes e CNPq.
Os leucócitos, também conhecidos como glóbulos brancos, são células responsáveis pela defesa do organismo contra infecções, alergias e outras doenças. O objetivo do estudo é compreender melhor as ações inflamatórias em análises in vivo, ou seja, em animais vivos, com maior precisão. A Microscopia Intravital (MI) é uma técnica sofisticada de microscopia que permite observar in vivo a microcirculação em órgãos de animais anestesiados ou conscientes e também analisar interações biológicas complexas e de mecanismos potenciais de doenças, explica o doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação da UFSCar, Bruno Gregório da Silva, autor da pesquisa, junto à professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Juliana Carvalho-Tavares e Ricardo J. Ferrari, docente do DC e orientador de Bruno.
A intenção do grupo é criar uma ferramenta online em que especialistas da área biológica ou qualquer outra pessoa interessada possam processar suas análises em forma de vídeo, obtendo como resultado medidas estatísticas extraídas pelo software de forma mais precisa e rápida, destaca Ferrari.
Os pesquisadores explicam que a MI pode revelar respostas em análises celulares na forma espacial e temporal, podendo ser conduzida sob condições próximas àquelas encontradas em um ambiente natural. Essa característica se sobrepõe às técnicas in vitro por, justamente, por ser capaz de reproduzir interações celulares de forma mais realística. Isso se dá pelo fato de que as células em análise têm seu comportamento influenciado por diversos fatores, incluindo os gradientes de citocinas (substâncias do sistema imunitário), interações com outros componentes celulares e extracelulares e as forças do fluxo sanguíneo, explicam.
Pesquisa premiada
A pesquisa foi premiada como melhor artigo no XII Workshop de Visão Computacional, realizado em novembro em Campo Grande, MS. Visão computacional é o campo da Computação que estuda os meios de extrair informações importantes em uma imagem, permitindo a descrição clara dos objetos nela contidos, por exemplo, define Bruno.
Segundo Ferrari, o desenvolvimento desse estudo partiu de uma necessidade real relatada pela professora Juliana. Em 2002, durante meu pós-doutorado na University of Calgary, no Canadá, conheci a professora Juliana que, na época, já trabalhava com MI. Soube, por ela, que as análises eram - e até hoje continuam sendo - realizadas de maneira visual pelos especialistas. Ela disse que, além de consumir muito tempo, tais análises dependiam da experiência do observador e que resultados imprecisos poderiam ser gerados, devido à fadiga natural do observador.
Algumas das etapas dessa pesquisa vêm sendo desenvolvidas desde 2010, partindo de um projeto financiado pelo CNPq (Projeto Universal), de trabalhos de iniciação científica e do trabalho de mestrado do Bruno, que demonstraram resultados bastante promissores na época, segundo Ferrari. O trabalho está em fase de aperfeiçoamento e novas técnicas estão sendo estudadas para melhorar ainda mais os resultados. Esperamos que, em breve, possamos ter uma interface web de acesso público a ser utilizada por especialistas da área biológica.
O BIPG é liderado pelo professor Ricardo J. Ferrari. A pesquisa possui colaboração do Departamento de Fisiologia e Biofísica da UFMG, representado pela professora Juliana e, até o momento, recebeu financiamento pela Fapesp, Capes e CNPq.
06/12/2016
9:00:00
12/12/2016
0:01:00
Denise Britto
Não
Não
Estudante, Docente/TA, Visitante
Pesquisa de grupo da UFSCar recebe prêmio na área de visão computacional. Imagem: Reprodução
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