Professor aborda o poder da psicanálise na correção de comportamentos
São Carlos
Muito se discute sobre a solução para problemas como corrupção, fanatismo religioso, violência e preconceito. São comportamentos destrutivos presentes de forma tão comum no dia a dia do brasileiro, que muitas vezes são considerados normais, apesar de não serem. Uma das soluções para todas estas questões pode estar na psicanálise.
Para o psicanalista José Carlos Calich, professor visitante da UFSCar, esse tipo de comportamento rompe estruturas que são essenciais para o homem, como a consideração pelo próximo e o desejo de que a humanidade continue. Será causado um grande problema se essa vontade individualista aumentar. Isso não vai dar certo, previu o professor durante o 4º Psicanálise em Foco, evento que aconteceu no Campus São Carlos da UFSCar.
Calich explica que a solução para estes problemas não está apenas nos estudos sociais. Usando como exemplo o aumento dos casos de obesidade, um fenômeno universal, ele esclarece que é ingênua a ideia de que a causa seja o consumo exagerado de alimentos calóricos. Tem mais explicações do que apenas isso, ressalta. Segundo Calich, o México, que é um país em desenvolvimento, tem uma grande população obesa de baixa renda. Isso prova que a questão da obesidade não está apenas ligada ao consumo de alimentos, assim como a violência não está ligada apenas à pobreza.
Os estudos sobre o cérebro avançaram muito nos últimos anos e o caminho para a solução destes comportamentos destrutivos pode ocorrer por meio de análises pessoais. De acordo com o especialista, há diversas teorias na psicanálise que podem ser usadas para melhorar esses comportamentos, mas a Medicina exige tempo e uma alta frequência de sessões com o terapeuta. Quanto mais tempo de consultório maior é o período de tratamento. Nós devemos respeitar o tempo psíquico para o tratamento, não o tempo tecnológico, imediatista. A objetividade do mundo atual mais nos confunde do que nos torna humanos, afirma o psicanalista.
Para o docente, a psicanálise tem um poder multiplicador, no qual os efeitos da mudança vão se propagando, assim como o conhecimento. Ele afirma ainda que os psicanalistas deveriam participar de uma forma mais ativa das questões sociais e políticas, da construção e do desenvolvimento, pois a psicanálise tem uma outra maneira de entender as motivações do ser humano. Promover uma educação sem ter uma visão psicanalítica é não usar tudo o que se tem para ajudar, conclui o docente.
Para o psicanalista José Carlos Calich, professor visitante da UFSCar, esse tipo de comportamento rompe estruturas que são essenciais para o homem, como a consideração pelo próximo e o desejo de que a humanidade continue. Será causado um grande problema se essa vontade individualista aumentar. Isso não vai dar certo, previu o professor durante o 4º Psicanálise em Foco, evento que aconteceu no Campus São Carlos da UFSCar.
Calich explica que a solução para estes problemas não está apenas nos estudos sociais. Usando como exemplo o aumento dos casos de obesidade, um fenômeno universal, ele esclarece que é ingênua a ideia de que a causa seja o consumo exagerado de alimentos calóricos. Tem mais explicações do que apenas isso, ressalta. Segundo Calich, o México, que é um país em desenvolvimento, tem uma grande população obesa de baixa renda. Isso prova que a questão da obesidade não está apenas ligada ao consumo de alimentos, assim como a violência não está ligada apenas à pobreza.
Os estudos sobre o cérebro avançaram muito nos últimos anos e o caminho para a solução destes comportamentos destrutivos pode ocorrer por meio de análises pessoais. De acordo com o especialista, há diversas teorias na psicanálise que podem ser usadas para melhorar esses comportamentos, mas a Medicina exige tempo e uma alta frequência de sessões com o terapeuta. Quanto mais tempo de consultório maior é o período de tratamento. Nós devemos respeitar o tempo psíquico para o tratamento, não o tempo tecnológico, imediatista. A objetividade do mundo atual mais nos confunde do que nos torna humanos, afirma o psicanalista.
Para o docente, a psicanálise tem um poder multiplicador, no qual os efeitos da mudança vão se propagando, assim como o conhecimento. Ele afirma ainda que os psicanalistas deveriam participar de uma forma mais ativa das questões sociais e políticas, da construção e do desenvolvimento, pois a psicanálise tem uma outra maneira de entender as motivações do ser humano. Promover uma educação sem ter uma visão psicanalítica é não usar tudo o que se tem para ajudar, conclui o docente.
15/12/2016
10:06:00
31/01/2017
0:03:00
Eduardo Sotto Mayor
Não
Não
Estudante, Foreign Visitor, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
José Carlos Calich palestra no 4º Psicanálise em Foco. Foto: FAI.UFSCar
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