Grupos de pesquisa da UFSCar têm 51% de colaboradoras mulheres
Araras, Sorocaba, Lagoa do Sino, São Carlos
Dados foram apresentados pela reitora Wanda Hoffmann em mesa-redonda realizada na UFSCar em comemoração ao Dia Internacional da Mulher.
Um dado que ainda precisa mudar, mas que já mostra o resultado da luta das mulheres na busca pela igualdade social: na UFSCar, 51% dos colaboradores de grupos de pesquisa certificados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) são mulheres. Esse assunto foi levantado pela reitora Wanda Hoffmann na mesa-redonda do evento intitulado O empoderamento da mulher e sua atuação no ambiente de trabalho, realizado pela Secretaria Geral de Educação a Distância (SEaD) da UFSCar em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que aconteceu nesta quarta-feira (08/03), no Anfiteatro da Reitoria.
Aberto ao som da animada Big Boom Orchestra A Original Big Band, o evento contou com a presença na mesa de honra da reitora Wanda Hoffmann, da secretária Geral de Educação a Distância, Marilde Terezinha Prado Santos, da pró-reitora de Pós-Graduação (ProPG), Audrey Borghi e Silva e da consultora de Recursos Humanos e coanching de carreira, também ex-aluna da UFSCar, Teresa Cristina Gayoso Sobreira, que dividiram suas histórias de carreira e luta.
Iniciando as discussões, Wanda explicou que na educação as mulheres vêm conquistando espaço. Ela, que é graduada há 30 anos em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal de Ouro Preto, a única mulher na sala de aula na época, hoje é a primeira reitora eleita da Universidade. Em 2017, na UFSCar, temos 52% de homens na graduação e 48% de mulheres. De docentes, são 55% homens e 45% mulheres. Quanto aos servidores técnico-administrativos, 53% são homens e 48% mulheres, o que une os nossos três segmentos na Universidade e mostra que estamos quase chegando lá, disse a reitora contando um pouco sobre a sua trajetória de luta. Aos poucos fui conquistando o meu espaço. Teve preconceito, não teve preconceito, chorei, busquei, superei e hoje enfrento o maior desafio da minha vida pessoal, como mãe, esposa e na profissional como professora, pesquisadora e reitora da Universidade Federal de São Carlos. Às vezes, a discriminação não vem como um ataque direto, mas sim com uma maior cobrança para a mulher, salientou a reitora.
Em contrapartida aos dados de que as mulheres doutoras são maioria na UFSCar, a pró-reitora de pós-graduação Audrey Borghi e Silva, em sua apresentação, reforçou que realmente houve um percentual menor de titulares doutores homens, mas que essa inversão ainda não impactou as empresas e organizações. Os homens ainda estão nos maiores cargos de comando nas empresas e esse panorama ainda é alarmante. Apesar das mulheres terem mais vez nos estudos, elas ainda lideram o percentual de cargos relacionados às atividades domésticas e isso precisa ser revertido, comentou.
Teresa Cristina disse que para que isso seja revertido, a educação é necessária e faz a diferença no empoderamento. Levar pactos às empresas e organizações, através de treinamentos coletivos e comportamentais que estimulem o autoconhecimento da mulher, extraindo o melhor dela, é um grande esforço que tem que ser feito, falou a coaching explicando que as mulheres não querem ser mais do que os homens, mas sim iguais. As organizações estão começando a buscar isso e para empoderar, temos que começar por nós mesmos e depois a quem está do nosso lado dentro do ambiente de trabalho ou em casa.
A importância de discutir o papel da mulher na sociedade foi o maior objetivo do evento realizado com sucesso pela SEaD, já que, segundo a sua secretária Geral, o sexo feminino ainda tem que dar as mãos e buscar soluções. Desde o início as crianças, seja em casa ou na escola, têm que saber que os homens e mulheres devem andar juntos e que seja respeitada a verdade dos indivíduos, finalizou Marilde Santos.
O evento foi encerrado com entrega de flores às homenageadas da mesa de honra e um debate sobre o assunto com os inscritos presentes.
Aberto ao som da animada Big Boom Orchestra A Original Big Band, o evento contou com a presença na mesa de honra da reitora Wanda Hoffmann, da secretária Geral de Educação a Distância, Marilde Terezinha Prado Santos, da pró-reitora de Pós-Graduação (ProPG), Audrey Borghi e Silva e da consultora de Recursos Humanos e coanching de carreira, também ex-aluna da UFSCar, Teresa Cristina Gayoso Sobreira, que dividiram suas histórias de carreira e luta.
Iniciando as discussões, Wanda explicou que na educação as mulheres vêm conquistando espaço. Ela, que é graduada há 30 anos em Engenharia Metalúrgica pela Universidade Federal de Ouro Preto, a única mulher na sala de aula na época, hoje é a primeira reitora eleita da Universidade. Em 2017, na UFSCar, temos 52% de homens na graduação e 48% de mulheres. De docentes, são 55% homens e 45% mulheres. Quanto aos servidores técnico-administrativos, 53% são homens e 48% mulheres, o que une os nossos três segmentos na Universidade e mostra que estamos quase chegando lá, disse a reitora contando um pouco sobre a sua trajetória de luta. Aos poucos fui conquistando o meu espaço. Teve preconceito, não teve preconceito, chorei, busquei, superei e hoje enfrento o maior desafio da minha vida pessoal, como mãe, esposa e na profissional como professora, pesquisadora e reitora da Universidade Federal de São Carlos. Às vezes, a discriminação não vem como um ataque direto, mas sim com uma maior cobrança para a mulher, salientou a reitora.
Em contrapartida aos dados de que as mulheres doutoras são maioria na UFSCar, a pró-reitora de pós-graduação Audrey Borghi e Silva, em sua apresentação, reforçou que realmente houve um percentual menor de titulares doutores homens, mas que essa inversão ainda não impactou as empresas e organizações. Os homens ainda estão nos maiores cargos de comando nas empresas e esse panorama ainda é alarmante. Apesar das mulheres terem mais vez nos estudos, elas ainda lideram o percentual de cargos relacionados às atividades domésticas e isso precisa ser revertido, comentou.
Teresa Cristina disse que para que isso seja revertido, a educação é necessária e faz a diferença no empoderamento. Levar pactos às empresas e organizações, através de treinamentos coletivos e comportamentais que estimulem o autoconhecimento da mulher, extraindo o melhor dela, é um grande esforço que tem que ser feito, falou a coaching explicando que as mulheres não querem ser mais do que os homens, mas sim iguais. As organizações estão começando a buscar isso e para empoderar, temos que começar por nós mesmos e depois a quem está do nosso lado dentro do ambiente de trabalho ou em casa.
A importância de discutir o papel da mulher na sociedade foi o maior objetivo do evento realizado com sucesso pela SEaD, já que, segundo a sua secretária Geral, o sexo feminino ainda tem que dar as mãos e buscar soluções. Desde o início as crianças, seja em casa ou na escola, têm que saber que os homens e mulheres devem andar juntos e que seja respeitada a verdade dos indivíduos, finalizou Marilde Santos.
O evento foi encerrado com entrega de flores às homenageadas da mesa de honra e um debate sobre o assunto com os inscritos presentes.
09/03/2017
17:30:00
24/03/2017
17:30:00
Andrea Vergamini de Castro
Sim
Não
Estudante, Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Da esquerda para direita: Teresa Cristina, Marilde Santos, Audrey Borghi e Wanda Hoffmann
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