Pesquisa revela que robótica deixa alunos mais motivados e dedicados
São Carlos
Estudo avaliou jovens que participaram da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR)
Além de ser fascinante e transportar as pessoas para um mundo tão real e, ao mesmo tempo, tão futurista, a robótica, quando praticada por alunos da Educação Básica, muda aspectos comportamentais desses estudantes, tornando-os mais disciplinados, colaborativos e criativos. Esse é um dos resultados do artigo "Brazilian Robotics Olympiad: a successful paradigm for science and technology dissemination", publicado na revista International Journal of Advanced Robotic Systems e que analisa os efeitos da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR) em estudantes de todo o Brasil. Entre os autores estão Rafael Aroca, docente do Departamento de Engenharia Mecânica (DEMec), e Tatiana Pazelli, professora do Departamento de Engenharia Elétrica (DEE), ambos da UFSCar e, respectivamente, atuais coordenador geral e vice-coordenadora da OBR.
A OBR foi criada em 2007 por professores universitários e com o objetivo principal de promover a robótica e a tecnologia no sistema escolar público e privado de todo o País. Dirigida a estudantes dos ensinos Fundamental, Médio e Técnico, a Olimpíada é dividida em duas modalidades: prática e teórica. A teórica consiste em uma série de provas escritas preparadas por uma comissão composta por professores das cinco regiões do Brasil. São seis níveis, sendo o primeiro dirigido para crianças matriculadas no primeiro ano do Ensino Fundamental e o sexto nível para alunos do último ano dos ensinos Médio e Técnico. Já o teste prático é composto por um desafio em que equipes formadas por até quatro estudantes devem construir robôs autônomos para resgatar vítimas em um ambiente que simula uma catástrofe.
Para obter os resultados do estudo, os pesquisadores encaminharam um questionário a estudantes que já participaram da OBR e outro aos professores. No total, 389 docentes e 536 alunos responderam. Dos alunos, 92% dos que responderam tinham entre 12 e 18 anos, e 48% eram de escolas públicas. Mais da metade, ou seja, 58% deles afirmaram que a OBR ajudou a escolher o seu curso de graduação. Daqueles que já estavam matriculados em um curso universitário, 99% estão nas áreas de Ciências, Tecnologia e Engenharia. "Um dos objetivos da Olimpíada é incentivar os alunos a escolher, justamente, uma dessas áreas", afirma Aroca.
Para os professores foi perguntado sobre os aspectos comportamentais dos alunos que se sobressaíram quando da preparação e participação na Olimpíada. Segundo eles, dos alunos que participaram da fase teórica, 59,28% demonstraram aumento de interesse e motivação, aumento de dedicação (41,24%) e aumento de cooperação e trabalho em equipe (35,05%). Já nos jovens que disputaram a etapa prática, destacaram-se a cooperação e trabalho em equipe (72,42%), interesse e motivação (67,78%) e dedicação (62,11%). "Além desses resultados, estudantes e professores concordam que a participação na Olimpíada aumenta o interesse dos jovens em robótica e tecnologia. Também vale destacar a quantidade similar de meninos e meninas que participam da OBR, o que pode indicar um futuro com maior igualdade de gênero nas carreiras de ciência e tecnologia", conclui o coordenador geral da OBR.
Inscrições para a OBR 2017
As inscrições para a Olimpíada Brasileira de Robótica seguem até o dia 20 de maio. A OBR é totalmente gratuita e podem participar alunos matriculados em escolas de Ensino Fundamental, Ensino Médio e Técnico.
A OBR tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de diversas instituições em todo Brasil. Em 2017, a coordenação geral do evento em nível nacional é feita pela UFSCar. Participam também da organização nacional da OBR o Colégio Técnico de Campinas (Cotuca-Unicamp), RoboCup, Sociedade Brasileira de Computação (SBC), Centro Universitário FEI, Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), Mostra Nacional de Robótica (MNR), Sesi-São Paulo, Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
As inscrições podem ser feitas pelo site www.obr.org.br, onde está o manual que esclarece os procedimentos de inscrição de alunos e equipes. Mais informações no Facebook.
A OBR foi criada em 2007 por professores universitários e com o objetivo principal de promover a robótica e a tecnologia no sistema escolar público e privado de todo o País. Dirigida a estudantes dos ensinos Fundamental, Médio e Técnico, a Olimpíada é dividida em duas modalidades: prática e teórica. A teórica consiste em uma série de provas escritas preparadas por uma comissão composta por professores das cinco regiões do Brasil. São seis níveis, sendo o primeiro dirigido para crianças matriculadas no primeiro ano do Ensino Fundamental e o sexto nível para alunos do último ano dos ensinos Médio e Técnico. Já o teste prático é composto por um desafio em que equipes formadas por até quatro estudantes devem construir robôs autônomos para resgatar vítimas em um ambiente que simula uma catástrofe.
Para obter os resultados do estudo, os pesquisadores encaminharam um questionário a estudantes que já participaram da OBR e outro aos professores. No total, 389 docentes e 536 alunos responderam. Dos alunos, 92% dos que responderam tinham entre 12 e 18 anos, e 48% eram de escolas públicas. Mais da metade, ou seja, 58% deles afirmaram que a OBR ajudou a escolher o seu curso de graduação. Daqueles que já estavam matriculados em um curso universitário, 99% estão nas áreas de Ciências, Tecnologia e Engenharia. "Um dos objetivos da Olimpíada é incentivar os alunos a escolher, justamente, uma dessas áreas", afirma Aroca.
Para os professores foi perguntado sobre os aspectos comportamentais dos alunos que se sobressaíram quando da preparação e participação na Olimpíada. Segundo eles, dos alunos que participaram da fase teórica, 59,28% demonstraram aumento de interesse e motivação, aumento de dedicação (41,24%) e aumento de cooperação e trabalho em equipe (35,05%). Já nos jovens que disputaram a etapa prática, destacaram-se a cooperação e trabalho em equipe (72,42%), interesse e motivação (67,78%) e dedicação (62,11%). "Além desses resultados, estudantes e professores concordam que a participação na Olimpíada aumenta o interesse dos jovens em robótica e tecnologia. Também vale destacar a quantidade similar de meninos e meninas que participam da OBR, o que pode indicar um futuro com maior igualdade de gênero nas carreiras de ciência e tecnologia", conclui o coordenador geral da OBR.
Inscrições para a OBR 2017
As inscrições para a Olimpíada Brasileira de Robótica seguem até o dia 20 de maio. A OBR é totalmente gratuita e podem participar alunos matriculados em escolas de Ensino Fundamental, Ensino Médio e Técnico.
A OBR tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de diversas instituições em todo Brasil. Em 2017, a coordenação geral do evento em nível nacional é feita pela UFSCar. Participam também da organização nacional da OBR o Colégio Técnico de Campinas (Cotuca-Unicamp), RoboCup, Sociedade Brasileira de Computação (SBC), Centro Universitário FEI, Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ), Mostra Nacional de Robótica (MNR), Sesi-São Paulo, Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC).
As inscrições podem ser feitas pelo site www.obr.org.br, onde está o manual que esclarece os procedimentos de inscrição de alunos e equipes. Mais informações no Facebook.
17/05/2017
13:00:00
03/06/2017
8:00:00
Fabricio Mazocco
Não
Não
Docente/TA, Pesquisador, Visitante
Pesquisa analisa efeitos da robótica em alunos. Foto: CCS/UFSCar
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