Edição de Notícias da UFSCar Categoria Selecione um ou mais campus que a notícia deve ser exibida. São CarlosArarasSorocabaLagoa do Sino Título Informe o título da notícia. Subtítulo Informe o subtítulo Texto Informe o texto da notícia. Goiaba, pitanga e jabuticaba são frutas populares e têm um aspecto em comum: todas pertencem à família <em>Myrtaceae</em>. Mas uma pesquisa da UFSCar tem se dedicado ao estudo de outras espécies - não tão populares - pertencentes à mesma família. O guamirim e o cambuí são alguns exemplares. "Essas espécies pertencem ao gênero <em>Myrcia</em>. Esse gênero não tem nenhuma espécie de uso popular consistente, mas é um dos mais importantes da flora brasileira, contando com um grande número de espécies - cerca de 300 - que ocorrem principalmente no Cerrado e na Mata Atlântica - os biomas com maior diversidade do grupo", revela o professor Matheus Fortes Santos, do Departamento de Biologia (DBio-So) do Campus Sorocaba da UFSCar. "Ao todo, o gênero <em>Myrcia </em>tem cerca de 800 espécies, que ocorrem exclusivamente nas Américas (incluindo o Caribe), principalmente em áreas tropicais e subtropicais. <br><br>O professor, que vem estudando a diversidade e evolução do gênero <em>Myrcia </em>desde 2010, explica que os frutos desse gênero são pequenos e em geral não atraem interesse humano. "A madeira é às vezes utilizada em zonas rurais, como em cabos de ferramentas e para lenha", comenta. Por outro lado, na natureza, desempenham papel fundamental. "As espécies do gênero <em>Myrcia</em> apresentam importantes funções ecológicas nas áreas em que ocorrem, por exemplo na Mata Atlântica. Suas flores produzem grande quantidade de pólen, atraindo diferentes espécies de insetos que o utilizam como alimento. Seus frutos atraem principalmente a avifauna e mamíferos; a frutificação dura por um longo período e, por isso, é importante para muitas espécies", descreve o pesquisador.<br><br>Atualmente, Santos se dedica a um projeto com o gênero <em>Myrcia</em> envolvendo o estudo taxonômico de um subgrupo denominado <em>Myrcia sect. Eugeniopsis</em> - assim como foi feito com <em>Myrcia sect. Sympodiomyrcia</em>, em pesquisa recentemente publicada. O objetivo é aprimorar a caracterização das espécies desses grupos, o que inclui aspectos morfológicos, distribuição e tipo de ambiente onde ocorrem e, também, a descrição de novas espécies. "Esses dados, somados aos dados de outros grupos de plantas, são fundamentais para caracterizar os ambientes naturais e para qualquer tipo de ação de conservação. Eles servem também de base para outras áreas, incluindo aplicações práticas, já que as espécies são o elemento base de qualquer estudo biológico", resume Santos.<br><br><strong>Mais pesquisas</strong><br>Outra pesquisa realizada atualmente pelo docente da UFSCar aborda o desenvolvimento e a morfologia da inflorescência (estrutura na qual as flores estão reunidas) do grupo. "É uma estrutura importante na caracterização de <em>Myrcia</em> e de seus subgrupos e que ainda não foi estudada a fundo. Isso ampliará o entendimento sobre o grupo e auxiliará na compreensão da evolução de <em>Myrcia</em>", explica o professor. <br><br>Entre os destaques do conjunto de trabalhos publicados por Santos até o momento está o estudo biogeográfico sobre o gênero <em>Myrcia</em> no qual, "de maneira geral, buscamos entender como a evolução do grupo está conectada com a evolução da Terra, incluindo movimentos tectônicos e mudanças climáticas, por exemplo. A análise feita nesse estudo mostrou que a Mata Atlântica é a principal região de diversificação de <em>Myrcia</em>, a qual ocorreu principalmente ao longo do Mioceno - entre 23 e 5,3 milhões de anos -, em um ambiente florestal talvez influenciado pelas mudanças climáticas que ocorreram no período", detalha o docente da UFSCar, que em suas pesquisas conta com a colaboração de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), da Universidade Estadual Paulista (Unesp, campus de Rio Claro), do Royal Botanic Gardens de Kew (Reino Unido) e da Rühr Universität (Alemanha).<br><br><strong>Rotina de trabalho</strong><br>Os estudos de Santos envolvem muitos trabalhos de campo, onde são observadas as espécies em seu ambiente natural e são coletados dados e materiais para posterior análise. Há também uma etapa laboratorial, na qual os dados de campo e as coletas são processados e analisados com o objetivo de fornecer as informações necessárias para cumprir os objetivos da pesquisa. <br><br>Além disso, há a fundamental análise de coleções de herbários (museu de plantas herborizadas), "nos quais estão depositadas coletas de plantas de diferentes regiões feitas por muitos pesquisadores ao longo dos últimos quatro séculos [a história da Botânica moderna começa em 1753]. Os herbários são fundamentais para os estudos taxonômicos e uma importante fonte de dados para estudos evolutivos e biogeográficos", afirma o docente.<br><br><strong>Artigos</strong><br>Para conhecer mais os estudos em Sistemática Vegetal conduzidos pelo professor Matheus Santos no Campus Sorocaba da UFSCar, acesse os links: <u><a target="_blank" href="http://dx.doi.org/10.11646/phytotaxa.234.2.6">http://dx.doi.org/10.11646/phy</a></u>; <u><a target="_blank" href="http://dx.doi.org/10.1016/j.ympev.2017.01.012">http://dx.doi.org/10.1016/j.ym</a></u>; <u><a target="_blank" href="https://doi.org/10.11646/phytotaxa.380.1.1">https://doi.org/10.11646/phyto</a></u>; e <u><a target="_blank" href="http://dx.doi.org/10.11646/phytotaxa.257.1.1">http://dx.doi.org/10.11646/phy</a></u>. text/htmltext/plain Data Selecione a data da notícia. Atualizado em Selecione a data de atualização da notícia. Hora Informe a hora utilizando o formato HH:MM:SS. 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