Edição de Notícias da UFSCar Categoria Selecione um ou mais campus que a notícia deve ser exibida. São CarlosArarasSorocabaLagoa do Sino Título Informe o título da notícia. Subtítulo Informe o subtítulo Texto Informe o texto da notícia. Avaliar a velocidade de caminhada é uma forma rápida, fácil e acessível de identificar risco de incapacidade funcional em pessoas idosas, apontou pesquisa desenvolvida na UFSCar. A incapacidade funcional pode impedir uma vida independente, aumentar o risco de quedas, hospitalização e, até mesmo, morte. Sua detecção ainda é complexa, e foi a busca por facilitá-la e agilizá-la que motivou o estudo da UFSCar, em parceria com a <em>University College London</em> (UCL), do Reino Unido.<br><br>A incapacidade funcional diz respeito à dificuldade de executar tarefas cotidianas, desde atividades básicas - como tomar banho, comer e se vestir - até as instrumentais - tomar remédio, fazer compras, cuidar das finanças, dentre outras. Comumente, a identificação do risco de incapacidade funcional é associada à fragilidade, mas é fundamental registrar que não são sinônimos. A fragilidade é uma síndrome que compromete vários sistemas fisiológicos, sendo a lentidão da velocidade um de seus componentes. O diagnóstico clínico da fragilidade apresenta dificuldades, exigindo tempo e envolvendo alguns parâmetros específicos relacionados a cinco componentes: fraqueza muscular, baixo nível de atividade física, exaustão, perda de peso não intencional e lentidão da velocidade de caminhada.<br><br>Com o intuito de agilizar essa avaliação, os pesquisadores vinculados ao Programa de Pós-Graduação em Fisioterapia (PPGFt) da UFSCar e à UCL compararam a fragilidade como um todo a cada um de seus componentes, a fim de verificar qual componente melhor discriminaria o processo de incapacidade.<br><br>O estudo mostrou a lentidão da velocidade de caminhada - avaliada pelo tempo para percorrer uma distância determinada - como melhor componente para discriminar o risco de incidência de incapacidade em ambos os sexos, em vez da avaliação da fragilidade como um todo.<br><br><strong>Levantamento</strong><br>A pesquisa avaliou informações de participantes selecionados pelo <em>English Longitudinal Study of Aging</em> (ELSA - Estudo Longitudinal Inglês de Envelhecimento), em Londres, na Inglaterra, com idade igual ou superior a 60 anos.<br><br>Ao todo, foram analisados dados de pessoas que inicialmente não tinham fragilidade e nem incapacidades - nem em atividades básicas (1.522 indivíduos) e nem em atividades instrumentais em vida diária (1.548 indivíduos). Essas pessoas foram acompanhadas em três momentos, a cada quatro anos. O estudo, portanto, teve a duração de 12 anos (de 2004 a 2016).<br><br>Os participantes foram avaliados com base nos cinco componentes de fragilidade separadamente, de acordo com escalas já estabelecidas e validadas por estudos anteriores. A partir das análises, os pesquisadores detectaram que a lentidão de velocidade de caminhada foi o único componente capaz de discriminar, isoladamente, a incidência de incapacidade funcional em idosos.<br><br>"A lentidão foi o principal sinal de alerta de declínio funcional em idosos, tanto para o comprometimento das atividades básicas de vida diária, como para atividades instrumentais", expõe Tiago da Silva Alexandre, docente do Departamento de Gerontologia (DGero) da UFSCar e orientador da pesquisa.<br><br>Ele explica que "embora a avaliação da fragilidade seja eficaz e bem aceita na comunidade científica, a identificação isolada da lentidão na velocidade de caminhada pode ser melhor para descobrir precocemente o processo de incapacidade, por ser mais fácil e rápida de se avaliar".<br><br>"Encontramos um importante atalho para a identificação da incapacidade funcional. Com isso, é possível implementar intervenções rápidas, como atividade física monitorada e dieta balanceada, de acordo com as particularidades de cada pessoa", complementa Dayane Capra, doutoranda no PPGFt, autora do estudo.<br><br>Nesse sentido, a descoberta sugere que os profissionais de Saúde fiquem atentos a este sinal de alerta específico, a fim de agilizar o diagnóstico e favorecer o desenvolvimento precoce de estratégias de reabilitação em pessoas idosas que apresentam risco de desenvolver incapacidade funcional.<br><br><strong>Estudos</strong><br>A pesquisa é fruto da tese de doutorado de Capra, com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O orientador da pesquisa é também coordenador do <em>International Collaboration of Longitudinal Studies of Aging</em> (InterColAging), consórcio de estudos longitudinais que inclui dados epidemiológicos do Brasil e da Inglaterra, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e integrado a projeto Jovem Pesquisador financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).<br><br>Os resultados do estudo foram reportados no artigo <u><a target="_blank" href="https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/jcsm.12810">"<em>Is slowness a better discriminator of disability than frailty in older adults?</em>"</a></u>, publicado no <em>Journal of Cachexia Sarcopenia and Muscle</em> (JCSM).<br><br>A parceria do DGero com a UCL também já gerou outros resultados relacionados à saúde e à qualidade de vida de pessoas idosas - como, por exemplo, <u><a target="_blank" href="https://www.ufscar.br/noticia?codigo=13471">a relação entre força de mão e mobilidade</a></u>, e também <u><a target="_blank" href="https://www.ufscar.br/noticia?codigo=13840">a combinação entre obesidade abdominal e perda de força muscular e sua relação com a redução da velocidade de caminhada</a></u>. text/htmltext/plain Data Selecione a data da notícia. 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