Edição de Notícias da UFSCar Categoria Selecione um ou mais campus que a notícia deve ser exibida. São CarlosArarasSorocabaLagoa do Sino Título Informe o título da notícia. Subtítulo Informe o subtítulo Texto Informe o texto da notícia. <p>Pesquisadores da UFSCar criaram biossensores capazes de detectar o Sars-CoV-2, vírus causador da Covid-19, na saliva, em apenas 30 minutos. Seu principal diferencial, em relação às alternativas existentes no mercado, é o fato de serem produzidos por impressão 3D.<br /><br />Os biossensores desenvolvidos são dispositivos eletroquímicos de análise, compostos por eletrodos que captam sinais elétricos. "Em contato com uma amostra de saliva menor do que uma gota, caso haja a presença do vírus, haverá mudança de carga elétrica, permitindo, assim, rápida detecção", conta Bruno Campos Janegitz, docente do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME-Ar) do Campus Araras e coordenador do Laboratório de Sensores, Nanomedicina e Materiais Nanoestruturados (LSNano) da Universidade.<br /><br />Os eletrodos são compostos a partir de filamentos de polímeros (responsáveis por dar toda a estrutura ao dispositivo) e materiais condutores (como grafite ou grafeno), que se misturam com a ajuda de solventes (como acetona ou clorofórmio), com incorporação do material condutivo à matriz polimérica. Esses materiais precisam ter características específicas para que possam ser utilizados na impressão 3D. "Eles precisam, por exemplo, ser 'derretidos' em temperaturas que vão de 180 a 250 graus Celsius. A impressão é feita em camadas e, depois, o material é resfriado e fica novamente sólido, criando, assim, a estrutura desejada", detalha Jéssica Stefano, pesquisadora de pós-doutorado no LSNano.<br /><br />A vantagem de usar a impressão 3D na produção desses dispositivos é que ela facilita a moldagem e possibilita o desenho de estruturas com formatos e tamanhos exatamente como propostas pelos pesquisadores, de forma rápida. "A produção dos biossensores ocorre em cerca de duas horas. Se for feita em larga escala, dependendo da qualidade e do tamanho da impressora, o processo pode durar ainda menos", registra Luiz Ricardo Guterres e Silva, estudante de doutorado no Programa de Pós-Graduação de Ciência dos Materiais (PPGCM-So) no Campus Sorocaba da UFSCar.<br /><br /><strong>Detecção do vírus</strong><br />Um dos biossensores criados pela equipe na impressora 3D faz uso de partes do material genético do Sars-CoV-2. "Neste dispositivo, nós inserimos, em sua superfície, nanopartículas de ouro, que são essenciais para que uma parte do material genético do vírus possa ser 'ligada' nos eletrodos. Assim, quando o dispositivo entra em contato com a outra parte da sequência genética, presente na amostra de saliva, ocorre a ligação que possibilita a detecção do vírus", explica Stefano.<br /><br />Outro biossensor desenvolvido em 3D pelo LSNano detecta o vírus através de anticorpo e da proteína spike do vírus. "Neste caso, o biossensor, em vez de ser feito com a ancoragem do DNA complementar do vírus na superfície do ouro, é feito pela imobilização do anticorpo específico para a proteína do vírus. O dispositivo contendo o anticorpo é o biossensor; quando entra em contato com a proteína do vírus, é possível detectá-lo pela alteração na resposta analítica", complementa Stefano.<br /><br />Durante o desenvolvimento, os pesquisadores encontraram dificuldade em importar os filamentos usados nos biossensores, devido à alta demanda. Também, segundo Janegitz, os filamentos comerciais não têm boa condução, por serem destinados a diversas finalidades, e não especificamente à produção de sensores. "Ao utilizá-los, é necessário fazer um tratamento químico para melhorar a sua condução, o que demanda tempo e uso de substâncias tóxicas", alerta o docente da UFSCar.<br /><br />Surgiu, a partir desta realidade, um novo desafio: a produção de filamentos no próprio LSNano. "Escolhemos materiais que possuem melhor condutividade e otimizamos o processo, já que agora não há mais a necessidade de passar pelo tratamento que fazíamos com os filamentos importados, tornando o processo menos custoso e mais sustentável", analisa Silva.<br /><br />Neste caso, os pesquisadores optaram pelo uso do ácido polilático, que é um polímero biodegradável, reciclável e produzido a partir da fermentação, por bactérias, de vegetais como milho, mandioca e beterraba. O ácido, por sua vez, se mistura com o grafite, responsável por proporcionar a condutividade elétrica do sistema.<br /><br />Assim, as tecnologias, além de possibilitarem rápida detecção do vírus, têm baixo custo e alta precisão nos resultados, sendo possível diferenciar amostras com altas e baixas cargas virais - quanto maior a carga viral, mais alterado fica o gráfico em relação ao original, sem o vírus.<br /><br />Os biossensores eletroquímicos e o filamento foram registrados como patentes junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com o apoio da Agência de Inovação (AIn) da Universidade.<br /><br />Os testes foram feitos em escala laboratorial e os trabalhos foram desenvolvidos em parceria com pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e das universidades federais de Uberlândia (UFU) e do Paraná (UFPR). Empresas interessadas em realizar a transferência das tecnologias e viabilizar sua produção em larga escala podem entrar em contato com a Agência de Inovação da UFSCar, pelo e-mail <u><a href="mailto:inovacao@ufscar.br" target="_blank">inovacao@ufscar.br</a></u>.</p> text/htmltext/plain Data Selecione a data da notícia. Atualizado em Selecione a data de atualização da notícia. Hora Informe a hora utilizando o formato HH:MM:SS. Data de Expiração Selecione uma data para a notícia expirar. Horário de Expiração Informe o horário que a notícia deve expirar utilizando o formato HH:MM:SS. Autor Informe o nome do autor Destaque Marque se a notícia é um destaque. Expira Marque se a notícia deve expirar. Perfil Escolha um perfil ou mais. 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