Edição de Notícias da UFSCar Categoria Selecione um ou mais campus que a notícia deve ser exibida. São CarlosArarasSorocabaLagoa do Sino Título Informe o título da notícia. Subtítulo Informe o subtítulo Texto Informe o texto da notícia. Os ecossistemas de água doce enfrentam sérios riscos devido a proliferações de algas nocivas, a exemplo da <em>Prymnesium parvum</em> ou "alga dourada". Um trabalho publicado no mês de setembro em uma revista científica demonstrou o alto potencial invasor dessa alga em reservatórios da América do Norte, Europa e Austrália, embora a presença de populações tóxicas da espécie já tenha sido reportada em ambientes aquáticos no Brasil. A publicação é derivada da pesquisa de doutorado do primeiro autor do artigo, Rafael Lacerda Macêdo, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais (PPGERN) da UFSCar. <br><br>O artigo, intitulado <em>"Towards effective management of the marine-origin </em>Prymnesium parvum<em> (Haptophyta): A growing concern in freshwater reservoirs?"</em> ("Em busca do manejo eficaz da alga de origem marinha <em>Prymnesium parvum</em>: Uma crescente preocupação em reservatórios de água doce?"), foi publicado na revista científica <em>Harmful Algae</em> e está disponível em <u><a target="_blank" href="https://bit.ly/3QzIlOR">https://bit.ly/3QzIlOR</a></u>. <br><br>No estudo, foram utilizadas "técnicas avançadas de Modelos de Distribuição de Espécies (SDM) para avaliar o risco de invasão de <em>P. parvum</em> em reservatórios de diferentes partes do mundo: na América do Norte, Europa e Austrália. O estudo alerta para o fato de que o potencial de invasão do <em>P. parvum</em> é muito maior do que se pensava, abrangendo áreas geográficas muito mais extensas. Isso é preocupante, pois essa espécie pode colonizar várias bacias e regiões em que ainda não se tem registro de sua ocorrência", alertam os autores.<br><br>"A <em>Prymnesium parvum</em> é comumente referida como alga dourada devido aos pigmentos de fucoxantina encontrados em seus cloroplastos [organelas que ocorrem nas células de plantas e algas]; trata-se de uma microalga unicelular que possui dois longos flagelos [filamentos finos e compridos] que permitem o movimento e auxiliam na absorção de nutrientes", descreve Macêdo. "Seu sucesso como invasora dá-se, entre outras coisas, à capacidade eurihalina (capacidade de tolerar grandes variações de salinidade) e euritérmica (capacidade de tolerar grandes variações de temperatura) do organismo", explica o pesquisador. "Ela é capaz de tolerar, por exemplo, salinidades que variam, na Escala Prática de Salinidade, de 3 PSU (ligeiramente acima da água doce) a 30 PSU (água do mar), e temperaturas entre 2 e 30°C, além, ainda, da sua capacidade mixotrófica (capacidade de alternar o mecanismo de obtenção de energia entre eutotrofia - quando efetuam a síntese de moléculas orgânicas através da fotossíntese - e heterotrofia - a partir da obtenção de fontes orgânicas externas). Ao alcançar áreas não nativas, ainda por meios não totalmente claros (possivelmente por água de lastro não tratada), essas características a tornam uma alga altamente competitiva, dominando a comunidade planctônica onde ela invade, com riscos à fauna e ao ambiente locais".<br><br>O trabalho é destinado, principalmente, a tomadores de decisão como órgãos ambientais de países afetados ou sob risco de nova invasão da alga, além da comunidade civil em geral que faz uso recreacional e utiliza para consumo a água proveniente de reservatórios, explica Macêdo. "O risco é maior principalmente durante períodos de estiagem quando algas nocivas aumentam seu potencial tóxico devido ao aumento da salinidade. A alga dourada já tem registro de ocorrência no Brasil e pode causar danos ambientais como mortandade de peixes, além de prejuízos econômicos e sociais se não houver monitoramento em estágios iniciais da invasão", ressalta o pesquisador. Ainda não há modelagem preditiva para avaliar riscos de invasão pela alga dourada no Brasil, porém outros fatores como mudanças climáticas e a instabilidade do nicho da espécie, como descrito por Macêdo, podem colocar os ecossistemas aquáticos brasileiros na rota de mais uma espécie invasora nociva.<br><br>O estudo de Rafael Macêdo, orientado pela professora Odete Rocha, do Departamento de Ecologia e Biologia Evolutiva (DEBE) da UFSCar e uma das autoras do artigo, surgiu a partir do contato com o pesquisador Phillip Haubrock, pós-doutorando no Department of River Ecology and Conservation do Senckenberg Research Institute and Natural History Museum, de Frankfurt, na Alemanha, que também assina o artigo. Macêdo atualmente desenvolve seu projeto de pós-doutoramento acerca de espécies invasoras aquáticas na <u><a target="_blank" href="https://bit.ly/47In5gR">Freie Universität, Berlim, também na Alemanha</a></u>. Para ele, "esse trabalho ressalta a importância de conexões e colaborações entre profissionais de diferentes áreas e países". text/htmltext/plain Data Selecione a data da notícia. Atualizado em Selecione a data de atualização da notícia. Hora Informe a hora utilizando o formato HH:MM:SS. Data de Expiração Selecione uma data para a notícia expirar. Horário de Expiração Informe o horário que a notícia deve expirar utilizando o formato HH:MM:SS. Autor Informe o nome do autor Destaque Marque se a notícia é um destaque. Expira Marque se a notícia deve expirar. Perfil Escolha um perfil ou mais. EstudanteForeign VisitorDocente/TAPesquisadorVisitante Imagem Portal Insira uma imagem que será utilizada na notícia do portal. 84725_alga_portal_8698883707902358500.jpg — image/JPEG, 109 KB Manter a imagem atual Remover a imagem atual Substituir por uma nova imagem Legenda da Imagem Portal Informe a legenda para a imagem utilizada na notícia do portal. Vídeo Informe o vídeo da notícia.