Edição de Notícias da UFSCar Categoria Selecione um ou mais campus que a notícia deve ser exibida. São CarlosArarasSorocabaLagoa do Sino Título Informe o título da notícia. Subtítulo Informe o subtítulo Texto Informe o texto da notícia. O Centro de Ciências Agrárias (CCA), Campus Araras da UFSCar, realiza uma pesquisa inédita na região de Araras (SP) que visa o desenvolvimento de modelos de cultivo de espécies nativas madeireiras em plantios de restauração florestal em áreas de reserva legal. O estudo prevê benefícios para a sociedade, como a qualidade do meio ambiente, e também para agricultores. A pesquisa é realizada por Ricardo Augusto Gorne Viani, docente do Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal (DBPVA) da UFSCar, integrante do <u><a target="_blank" href="http://blog.cca.ufscar.br/laspef/">Laboratório de Silvicultura e Pesquisas Florestais</a></u> (LASPEF) e do <u><a target="_blank" href="http://blog.cca.ufscar.br/laspef/gesf/">Grupo de Estudos em Silvicultura e Floresta</a></u>(GESF), em que alunos dos cursos de graduação do CCA participam de várias atividades técnicas científicas relacionadas às ciências florestais. A linha de pesquisa é uma das poucas que existem no País atualmente. No geral, os estudos dessa área trabalham a exploração madeireira com base nas novas leis ambientais e o estudo do CCA avalia a possibilidade de se aproveitar o reflorestamento obrigatório para o cultivo de árvores que dificilmente são exploradas no Brasil.<br><em></em><br>"A produção madeireira da Amazônia vem caindo constantemente nas últimas décadas, dentre outros fatores, pela intensificação da fiscalização", ressalta Ricardo. De acordo com o <u><a target="_blank" href="http://www.inpe.br/">Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais</a></u> (INPE), até o ano passado o desmatamento ilegal na região foi o menor alcançado até então, mantendo a meta anual. Por outro lado, o consumo de madeira está aumentando. Ricardo explica que, ao contrário do que muitos imaginam, a madeira produzida na Amazônia é destinada principalmente ao mercado interno com destaque à região Sudeste do Brasil. "Ou seja, uma hora ou outra teremos de substituir a madeira extraída da Amazônia por madeira nobre de plantios florestais para suprir a demanda", afirma o docente. <br><br>A linha de pesquisa coordenada por Ricardo envolve o desenvolvimento de técnicas de propagação e cultivo de espécies madeireiras nobres da Mata Atlântica, consideradas madeiras exóticas, como por exemplo o cedro e a cabreúva. Essas espécies são pouco cultivadas hoje em dia, quando comparadas ao pinus e ao eucalipto, demasiadamente exploradas e que representam mais de 90% dos cultivos do País, principalmente voltados para a fabricação de celulose e papel. Diante disso, o desenvolvimento do projeto atende um nicho específico voltado à produção de madeira nobre, que não é atendido por essas outras madeiras já exploradas há anos no País.<br><br>Ricardo foca outro lado importante da pesquisa que está em desenvolvimento, enfatizando que a evolução de tecnologia para a produção dessas madeiras nobres e nativas não só visa atender à demanda de produção de madeira no Brasil, mas também à necessidade dos agricultores de recomporem a reserva legal, que no novo código florestal, promulgado em 2012, trata-se de uma área florestal obrigatória a toda propriedade rural com mais de quatro módulos fiscais. "É caro plantar e manter florestas sem fins lucrativos em áreas de reserva legal só pelo exclusivo fim de recuperar o desmatamento", argumenta Ricardo, deixando claro seu ponto de vista a respeito do novo código florestal. Assim, o projeto busca desenvolver um modelo de reflorestamento que viabilize ao agricultor plantar essas madeiras nobres nesse espaço destinado à reserva legal e, assim, aliar a obrigatoriedade de reflorestamento dessas áreas a uma atividade produtiva e lucrativa, trazendo também os benefícios de conservação da biodiversidade, sequestro de carbono - processo natural no crescimento da árvore, pois ela necessita de uma alta demanda de carbono para se desenvolver, absorvendo o elemento do ar e diminuindo a quantidade de CO2 na atmosfera - e outros serviços ambientais que uma floresta oferece para a sociedade como um todo. "A pesquisa tem dois focos benéficos: o lado econômico que visa atender à demanda de madeira e propiciar ao produtor rural uma atividade rentável em seu reflorestamento, e o lado ecológico, uma vez que florestas nativas plantadas geram serviços ambientais para a sociedade, abrigo para a fauna e a flora nativas, dentre muitos outros", destaca o pesquisador. <br><br>A pesquisa de Ricardo Viani possui algumas extensões e uma delas é realizada em um plantio florestal na Fazenda Guariroba de Campinas (SP). Esse plantio florestal, coordenado pelo docente e seus alunos, em parceria com professores da ESALQ/USP, permite que a equipe estude o comportamento e o crescimento das espécies nativas desde seu plantio, o que tem colaborado para identificar as espécies que melhor se adaptam à região e desenvolver tecnologia para o cultivo comercial dessas espécies.<negrito> </negrito>Entretanto, comenta Ricardo, esse estudo de seleção de melhores espécies e práticas para o cultivo das árvores nativas pode levar anos de pesquisa até seu aperfeiçoamento. Enquanto o pinus e o eucalipto já passaram por décadas de melhoramento genético e pesquisas para produção massiva no Brasil, a extensão ainda está caminhando na busca da identificação das melhores espécies da Mata Atlântica para cultivo e produção madeireira e desenvolvendo tecnologias iniciais para que estes cultivos sejam colocados em prática.<br><br>Outro projeto envolvendo a silvicultura de espécies nativas do docente Ricardo Viani se estende ao melhoramento genético das árvores cultivadas com base em uma parceria com o viveiro BIOFLORA, na cidade de Piracicaba (SP). O experimento tem por objetivo desenvolver técnicas para replicar as melhores árvores de cada espécie a partir da propagação vegetativa, que se baseia em retirar ramos das melhores árvores e fazer com que se enraízem, gerando milhares de indivíduos clonados, cem por cento iguais aos das árvores mais produtivas. Para espécies como o eucalipto, essa é a principal técnica utilizada atualmente.<br><br>Atuando na área da silvicultura de espécies nativas, a também docente do Campus Araras da UFSCar, Renata Evangelista Oliveira, do Departamento de Desenvolvimento Rural (DDR), atualmente orienta alunos do curso de Agroecologia num projeto que envolve a alimentação de um banco de dados sobre espécies nativas, voltado à coleta e sistematização de informações ecológicas e silviculturais sobre mais de cem espécies. Renata afirma que esse projeto é realizado em parceria entre o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ) e o Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF) com o "intuito de possibilitar a utilização dessas espécies em projetos de restauração em áreas de preservação permanente e de reserva legal, voltados à conservação da biodiversidade e geração de produtos florestais madeireiros e não madeireiros. <br><br>De acordo com Ricado Viani, esse banco de dados seria de extrema importância no processo de evolução de sua pesquisa, pois caracteriza de forma detalhada o que muitas espécies de madeiras nativas necessitam para seu melhor cultivo e no seu futuro melhoramento genético, agregando um alto valor de conhecimento para o desenvolvimento do seu projeto. Atualmente, a pesquisa do docente conta com o apoio de um grupo de alunos para reunir as informações obtidas durante o estudo. "Conheço as etapas dos plantios das espécies nativas e possuo esses experimentos em base da minha linha de pesquisa. Para colocar tudo isso em prática com os conhecimentos que tenho adquirido com todas as pesquisas em andamento para a criação de técnicas, conto com a ajuda do grupo de alunos envolvidos no projeto de extensão" finaliza Ricardo. O docente ressalta a importância de se usar um banco de dados, como a docente Renata está desenvolvendo, para a sistematização de todas as práticas de cultivo de nativas, explicando que seria o ideal, em breve, a parceria em projetos semelhantes a esse, para a continuidade e realização da sua linha de pesquisa. A viabilidade da parceria entre os estudos realizados no CCA está sendo avaliada pelos docentes, visto que ambas as pesquisas estão em fase de desenvolvimento.<br><br><negrito>Foto: Experimento com madeiras nativas em seu cultivo para o futuro melhoramento genético - Arquivo/Projeto de pesquisa</negrito><br><em></em> text/htmltext/plain Data Selecione a data da notícia. Atualizado em Selecione a data de atualização da notícia. Hora Informe a hora utilizando o formato HH:MM:SS. Data de Expiração Selecione uma data para a notícia expirar. Horário de Expiração Informe o horário que a notícia deve expirar utilizando o formato HH:MM:SS. Autor Informe o nome do autor Destaque Marque se a notícia é um destaque. Expira Marque se a notícia deve expirar. Perfil Escolha um perfil ou mais. EstudanteForeign VisitorDocente/TAPesquisadorVisitante Imagem Portal Insira uma imagem que será utilizada na notícia do portal. Legenda da Imagem Portal Informe a legenda para a imagem utilizada na notícia do portal. Vídeo Informe o vídeo da notícia.