Edição de Notícias da UFSCar Categoria Selecione um ou mais campus que a notícia deve ser exibida. São CarlosArarasSorocabaLagoa do Sino Título Informe o título da notícia. Subtítulo Informe o subtítulo Texto Informe o texto da notícia. Aumentar a acessibilidade de idosos às tecnologias e aplicativos computacionais por meio de interações que permitam a estes usuários utilizarem múltiplas formas de acesso aos sistemas, seja por meio de voz, gestos, caneta, movimentos e toque. Este é o objetivo de pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC-So) do Campus Sorocaba da UFSCar. O estudo, intitulado "Design de Interação em pequenos dispositivos para e com a Terceira Idade", é conduzido no curso de mestrado por Ricardo Leme, sob orientação de Luciana Zaina, professora do Departamento de Computação (DComp).<br><br>Apesar da baixa adesão atual, Ricardo Leme vê grande potencial futuro para tecnologias e aplicativos direcionados aos idosos. "A participação no mercado de software de usuários de terceira idade ainda é bastante modesta. Se for considerada a participação no Brasil de usuários da terceira idade (pessoas com mais de 60 anos) na rede social Facebook, por exemplo, ela não passa de 1%. Porém, nos últimos anos, observa-se um crescimento na participação, e se forem observados os atuais usuários adultos acima de 50 anos que na próxima década farão parte deste grupo de usuários, será obtida uma participação superior a 4%. Embora esse percentual ainda não pareça expressivo, se for avaliado o número absoluto, ele representará mais de 2 milhões e 800 mil usuários apenas no Brasil", destaca. <br><br>De acordo com as Nações Unidas, atualmente existem quase 900 milhões de pessoas com 60 anos ou mais no mundo. A expectativa é que até o ano de 2050 esse número chegue a 2.4 bilhões de pessoas, demonstrando que o crescimento populacional entre a terceira idade será mais rápido em comparação a outras faixas etárias da população. No Brasil, esse crescimento não é diferente. De acordo com o censo elaborado em 2010 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população de 60 anos ou mais de idade, que era de 4,8% em 1991, passou a 5,9% em 2000 e chegou a 7,4% em 2010. A estimativa do instituto é que no ano de 2025 a população da terceira idade no país chegará a 34 milhões de pessoas. Avaliando a última década, o número de idosos no país aumentou em quase 4 milhões de pessoas, fruto do crescimento vegetativo e do aumento gradual da expectativa média de vida. <br><br>Visando complementar a pesquisa, no dia 21 de junho, Leme viaja para Washington, nos Estados Unidos, para realização de intercâmbio cultural. O objetivo do estágio é identificar junto às universidades americanas as normas e tecnologias utilizadas atualmente para o desenvolvimento de aplicações para dispositivos móveis com interação multimodal, e também descobrir a preocupação atual de desenvolvedores quanto ao grupo de usuários da terceira idade. A oportunidade surgiu por meio do Programa de Intercâmbio Cultural do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza, onde o mestrando é professor nos cursos de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Gestão da Tecnologia da Informação na Faculdade de Tecnologia (FATEC) de Itu. Por meio do projeto, ele terá todas as despesas de viagem, alimentação e estadia pagas, além de um curso intensivo de Inglês que realiza durante o mês que ficará no país norte-americano.<br><br>Ao falar sobre o trabalho, o pesquisador destaca que a abordagem que utiliza, do design de interação, não está voltada somente para o usuário, mas também busca o desenvolvimento dos aplicativos junto aos usuários. "O desenvolvimento de software com a interação multimodal direcionado a usuários da terceira idade deve aclarar os anseios, as necessidades e as dificuldades que estes usuários dão para as interfaces com as quais interagem. Os elementos da interface devem ser compreendidos pelos usuários da terceira idade e estar dispostos de maneira a possibilitar a realização das atividades da maneira mais transparente possível", esclarece o mestrando. O Design Centrado no Usuário é uma abordagem regulamentada pela norma ISO 9241-210, de 2010, que estabelece os padrões sobre a ergonomia de sistemas de interface. A função principal desta abordagem é desenvolver o projeto de software''para'' o usuário, focando-o já nas fases de pesquisa, elaboração e avaliação.<br><br>A motivação para a escolha do tema, segundo Leme, surgiu a partir do "Desafio 4 - Acesso Participativo e Universal do Cidadão Brasileiro ao Conhecimento", projeto proposto pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC) como um dos grandes desafios em Computação no Brasil até o ano de 2016. Esta ideia está relacionada com maneiras de desenvolver interfaces de usuário que promovam o acesso universal, que não discriminem e que incluam o maior número possível de cidadãos. No retorno ao Brasil, Leme ministrará curso aos alunos da FATEC de Itu sobre o aprendizado adquirido no intercâmbio. text/htmltext/plain Data Selecione a data da notícia. 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