Edição de Notícias da UFSCar Categoria Selecione um ou mais campus que a notícia deve ser exibida. São CarlosArarasSorocabaLagoa do Sino Título Informe o título da notícia. Subtítulo Informe o subtítulo Texto Informe o texto da notícia. A busca pelo desenvolvimento de tecnologias sustentáveis é necessária diante dos limitados recursos naturais e dos impactos dos resíduos químicos eliminados em diversos processos produtivos. Nesse contexto, surgiu a filosofia da Química Verde, com foco na criação e a aplicação de produtos e procedimentos para reduzir ao máximo o uso e a geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente.<br><br>Na UFSCar, estudos e projetos coordenados pela professora Vânia Zuin, do Departamento de Química (DQ), abordam a Química Verde nos âmbitos da pesquisa, ensino e extensão. Vânia salienta o esforço conjunto de docentes, estudantes de diversas áreas e pesquisadores em ampliar os conhecimentos e aplicações químicas com resultados mais positivos para o meio ambiente. Desde os anos 2000, os professores do Departamento de Química e do Programa de Pós-Graduação em Química com linhas aderentes à esta filosofia, além das próprias pesquisas, têm proposto uma série de atividades como congressos internacionais e nacionais, seminários, workshops, escolas de verão, dentre outras iniciativas voltadas aos estudantes de graduação e pós-graduação, professores de Educação Básica da rede pública de ensino, técnicos e os próprios professores e pesquisadores da instituição, destaca. <br><br>A diversidade de temas abordados na Química Verde também reflete no perfil dos pesquisadores do grupo da UFSCar, composto por estudantes de graduação e pós-graduação das áreas de Química, Ciências Biológicas e Ambientais. A Química Verde mais radical exige, além de um profundo conhecimento dos conteúdos de Química, já que objetiva propostas sócio-ambientalmente mais adequadas, o diálogo com outras áreas do conhecimento. Apenas para citar um exemplo deste sentido radical, a seleção dos contextos de estudo mais promissores a serem investigados ocorre por excelência quando compreendemos os alcances de uma dada realidade, algo que as ciências humanas podem possibilitar, observa. <br><br>Para Vânia, o desenvolvimento de pesquisas norteadas pelos princípios da Química e Engenharia Química Verde é fundamental, principalmente no Brasil que tem um imenso potencial com a diversidade e quantidade de biomassa. As pesquisas neste âmbito podem ter como meta principal a proposição de alternativas mais verdes ou ainda o emprego de tecnologias sabidamente menos impactantes ao ambiente para o estudo de um determinado problema ou questão relevante. Neste sentido, trata-se de uma escolha do pesquisador que, dada a condição atual de recursos reduzidos, deve ter uma conduta cada vez mais adequada e responsável, independentemente de sua área de atuação, defende a docente. <br><br><negrito>História</negrito><br>A Química Verde adota um conjunto de conhecimentos que visam a redução nos impactos ambientais, a partir da otimização no uso de matérias primas e eliminação de resíduos, utilização de solventes e compostos mais seguros e inócuos. As primeiras iniciativas surgiram no início da década de 1990, nos Estados Unidos, com a Lei de Prevenção à Poluição e o programa Rotas Sintéticas Alternativas para a Prevenção de Poluição, lançado pela agência ambiental estadunidense, a<em> Environmental Protection Agency</em> (EPA). No âmbito acadêmico, a relação entre a Química e o meio ambiente ganhou espaço com o estabelecimento do Consórcio Interuniversitário Química para o Meio Ambiente, na Itália, com a reunião de pesquisadores e organização de cursos. <br><br>No Brasil, a UFSCar foi pioneira na abordagem da Química Verde, na década de 2000, juntamente com a Universidade Federal de Pelotas e a Universidade de São Paulo. Além dos professores do Departamento de Química, a UFSCar também conta com estudos realizados nos Programas de Pós-Graduação em Química e Educação, por exemplo, pelos Grupos de Pesquisa em Produtos Naturais, Química Verde, Sustentabilidade e Educação e Educação Científica, sendo os dois últimos coordenados pela professora Vânia, com a participação de pesquisadores de pós-graduação e iniciação científica das áreas de Ciências Exatas, Biológicas e Educação. A inserção da Química Verde no ensino superior já vem ocorrendo, seja na graduação ou pós-graduação, não apenas na forma de eventos isolados no Brasil. Vários professores já têm esta preocupação e, lentamente, há a institucionalização destes conteúdos verdes, ou seja, a introdução da temática em sala de aula e nos laboratórios de ensino e pesquisa, descreve a professora. <br><br>Vânia destaca que a UFSCar é hoje uma referência na área, principalmente após o seu envolvimento para a criação da seção de Química Verde na Sociedade Brasileira de Química (SBQ), coordenada em parceria com o professor Fernando Galembeck, do Instituto de Química da Universidade de Campinas (Unicamp), que amplia o incentivo a novas pesquisas e divulgação de trabalhos realizados. <br><br>Outro passo importante para o aumento da relevância da UFSCar na área de pesquisa foi a produção editorial. Em 2009 as professoras Vânia Zuin e Arlene Corrêa, ambas do DQ, organizaram o livro Química Verde: fundamentos e aplicações, publicado pela EdUFSCar. A obra conta com textos que abordam o emprego de produtos e processos químicos para a redução ou eliminação no uso e a geração de substâncias nocivas à saúde humana e ao ambiente. O livro, que recebeu o 52º prêmio Jabuti de Bronze na categoria Ciências Exatas, Tecnologia e Informática da Câmara Brasileira do Livro, mostrou o que nós, editoras e autoras, mas também todos os autores envolvidos tínhamos realizado em nossas trajetórias acadêmicas, que perpassam a UFSCar. Hoje há pesquisadores em vários departamentos e programas de pós-graduação nos quatro campi da UFSCar com grande multiplicidade de enfoques, analisa a docente. <br><br><negrito>Reconhecimento</negrito><br>No mês de agosto, a professora Vânia Zuin, do DQ, recebeu o <u><a target="_blank" href="http://www.iupac.org/news/news-detail/article/vania-g-zuin-is-awarded-the-chemrawn-vii-prize-for-atmospheric-and-green-chemistry.html">"<em>VII Prize for Atmospheric and Green Chemistry</em>"</a></u>, concedido pela <em>International Union of Pure and Applied Chemistry (IUPAC</em>, em português, União Internacional de Química Pura e Aplicada), a principal instituição mundial da área de Química. O prêmio foi concedido durante a<em> 5th International IUPAC Conference on Green Chemistry</em>, realizada entre os dias 17 e 21 de agosto, em Durban, na África do Sul. Zuin também é coordenadora da Seção de Química Verde da <u><a target="_blank" href="http://www.sbq.org.br/">Sociedade Brasileira de Química (SBQ)</a></u> e foi reconhecida por sua contribuição ativa em estudos na área de Química Verde. <br><br>O <em>Prize for Atmospheric and Green Chemistry </em>foi concebido em 2008 pelo comitê de Pesquisas em Química Aplicadas às Necessidades Mundiais (CHEMRAWN) da IUPAC e é considerado pela comunidade científica como um dos mais importantes no reconhecimento a projetos de desenvolvimento e inovação em Química Verde do mundo. O Prêmio tem como objetivo reconhecer jovens pesquisadores que contribuem ativamente para a pesquisa em países emergentes ou em desenvolvimento, além de ser fonte de inspiração para os estudiosos da área que colaboram para a promoção de práticas sócio-sustentáveis em todo o planeta. Para a professora Vânia, o reconhecimento representa também o sucesso individual e coletivo, além de ampliar a reputação do Brasil no cenário científico internacional. O Prêmio foi também um espelho que mostrou não apenas um pouco da minha essência e imagem, mas também das pessoas e instituições que compõem este mundo que constituo e me cerca, afirma.<br><br>Vânia reforça ainda que o Prêmio possibilitou a reflexão acerca da produção acadêmica e as diversas variáveis presentes no cotidiano dos pesquisadores. O Prêmio me permitiu refletir sobre muitas questões: primeiro, a importância e complexidade da temática; segundo, vivemos em um ambiente altamente competitivo, algumas vezes até desleal, mas que acaba desnudado com o tempo; a questão do gênero, ou seja, ser uma pesquisadora num contexto basicamente masculino, onde as réguas para medir a produção acadêmica são as mesmas independentemente das demandas e cobranças diversas; o fato de pertencer a um país belamente complexo e emergente, em que temos que lutar para encontrar as formas mais justas e inclusivas de fazer crescer o conhecimento científico de qualidade e possibilitar o seu ensino em todos os níveis e modalidades; as diferentes formas de publicação que temos acesso e participamos, como artigos científicos em revistas, livros e demais veículos de impacto, que mostram apenas parte de um currículo, analisa. <br><br>Desde dezembro de 2013, Vânia é professora convidada e pesquisadora honorária no "<u><a target="_blank" href="http://www.york.ac.uk/chemistry/research/green/research/">Centro de Excelência em Química Verde</a></u>" da <u><a target="_blank" href="http://www.york.ac.uk/">Universidade de York</a></u>, no Reino Unido, com apoio da<u><a target="_blank" href="http://www.fapesp.br/"> Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp)</a></u>. Para a professora, a possibilidade de desenvolver projetos acadêmicos em centros renomados é uma grande oportunidade para trocar experiências e conhecer novas tecnologias, aplicações e linhas de pesquisas. Além disso, a participação da docente nas atividades da Universidade de York também permite o intercâmbio de pesquisadores, que amplia as discussões acerca da Química Verde. Atualmente, Vânia está envolvida com estudos relacionados à análise e aplicação de biomassa residual brasileira em diferentes contextos. <br><br>Mais informações sobre os estudos podem ser obtidas pelo email <u><a target="_blank" href="mailto:vaniaz@ufscar.br">vaniaz@ufscar.br</a></u>. text/htmltext/plain Data Selecione a data da notícia. Atualizado em Selecione a data de atualização da notícia. Hora Informe a hora utilizando o formato HH:MM:SS. Data de Expiração Selecione uma data para a notícia expirar. Horário de Expiração Informe o horário que a notícia deve expirar utilizando o formato HH:MM:SS. 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