Edição de Notícias da UFSCar Categoria Selecione um ou mais campus que a notícia deve ser exibida. São CarlosArarasSorocabaLagoa do Sino Título Informe o título da notícia. Subtítulo Informe o subtítulo Texto Informe o texto da notícia. A rápida identificação de doenças e de problemas ambientais é um fator essencial para o aumento das chances de cura e da proteção ao meio ambiente e consequentemente o aumento da qualidade de vida e do bem-estar da população. Nos últimos anos, novos métodos analíticos vêm sendo apresentados por pesquisadores justamente visando a rápida detecção dos mais diferentes compostos. Com o intuito de preencher estas lacunas atualmente existentes e auxiliar no fomento à inovação do País, os professores Bruno Campos Janegitz e Adriano Lopes de Souza, do Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e Educação (DCNME) do Campus Araras da UFSCar, realizam um projeto que envolve o desenvolvimento de novas arquiteturas para sensores e biossensores eletroquímicos com o objetivo de se obter diversos fins analíticos. O intuito é justamente desenvolver dispositivos que possam facilitar na identificação de doenças como anemia falciforme e Parkinson e serem utilizadas para fins ambientais como na detecção de pesticidas, metais pesados e fenóis.<br><br>No final de 2015, os docentes tiveram um projeto aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo (Fapesp) e assim conseguiram apoio para o desenvolvimento destas tecnologias. Ainda estamos em etapas iniciais, mas alguns testes já começaram a ser feitos, ressalta Bruno. O professor afirma que, no caso de Parkinson, o desenvolvimento de biossensores eletroquímicos objetiva disponibilizar alternativas de baixo custo para a detecção de biomarcadores, que seria um predicativo que o paciente possa ter a doença. Já no caso da anemia falciforme doença que, de acordo com a Associação de Anemia Falciforme do Estado de São Paulo, tem prevalência média de 1 entre 380 nascidos vivos , propõe-se o desenvolvimento de biossensor que utilize ácido desoxirribonucleico (DNA) para a detecção de mutação relacionada à predisposição à doença. A ideia é detectar o defeito gênico de maneira rápida para que o paciente faça mais testes e assim consiga tratar a doença precocemente, explica.<br><br>No âmbito da análise ambiental, as novas tecnologias também pretendem oferecer agilidade aos profissionais da área. Para isso, são propostos os estudos de biossensores com as enzimas tirosinase e acetilcolinesterase para a determinação de pesticidas e fenóis. Com o uso de dispositivos específicos para a detecção de pesticidas, metais pesados e fenóis, conseguiremos ter uma ideia de quão eletroativo serão os novos compósitos que vamos propor utilizando biopolímeros e nanomateriais. Ou seja, utilizamos essas aplicações para verificar se temos um nanomaterial-biopolímero com boa condução, ressalta. O intuito é desenvolver eletrodos nanoestruturados com nanomateriais para determinar pesticidas e espécies metálicas em amostras de águas naturais e residuárias, buscando desenvolver sistemas de baixo custo e com elevada sensibilidade para a aplicação em campo.<br><br>Gabriela Mauruto de Oliveira, aluna do quarto ano do curso de Biotecnologia, realiza sua Iniciação Científica (IC) no âmbito destas pesquisas e acredita que os biossensores são tecnologias com potencial, já que possuem como princípio a especificidade do material biológico para detectar um alvo de interesse, como um DNA mutante ou uma enzima metabólica. As pesquisas que visam cada vez mais dispositivos viáveis e de baixo custo são de extrema importância, pois atendem a uma demanda que cresce a cada dia com resultados mais rápidos, confiáveis e específicos. Queremos encontrar kits com maior especificidade e com resultados em espaços de tempo cada vez menores para situações importantes. Os biossensores vêm para facilitar o dia a dia tanto de profissionais da área de saúde ou meio ambiente como da própria população, que se beneficiará diretamente com a utilização destas tecnologias, ressalta a aluna.<br><br>Com o desenvolvimento desses estudos, os pesquisadores esperam patentear os dispositivos e, em seguida, aguardar empresas que possam se interessar pelos produtos para que eles cheguem ao mercado e à população. A partir desta parceria poderemos desenvolver, em conjunto com o mercado, os dispositivos descartáveis para aplicação prática nos pacientes, afirma o docente Bruno. Com vigência inicial de dois anos, o projeto apoiado pela Fapesp deve apresentar seus primeiros resultados justamente neste período. É difícil quantificar o tempo necessário para que as tecnologias estejam consolidadas. Entretanto, em até dois anos, nós esperamos ter os primeiros resultados sólidos para publicações de artigos científicos e patentes e, posteriormente, licenciar os produtos para possíveis empresas interessadas, prevê Bruno.<br><br><strong>Pesquisa inovadora, benefícios mútuos</strong><br><br>Para a aluna Gabriela, a experiência direta com os estudos de biossensores está sendo positiva. O curso de Biotecnologia abrange infinitas áreas e, com o surgimento do laboratório de sensores e nanomateriais no Campus Araras, vi uma oportunidade não só de realizar a IC, mas também de explorar uma área até então desconhecida do meu curso, conta. Segundo a estudante, dentro do laboratório ela realiza desde tarefas simples de um pesquisador, como o preparo de soluções, até o desenvolvimento dos biossensores em si. Utilizamos também equipamentos para caracterização e análises mais complexas como análises químicas, biológicas e também eletroquímicas, sendo esta última totalmente nova para mim, afirma. Para o desenvolvimento dos biossensores, ela conta que os alunos envolvidos aprendem todo o procedimento de preparo de soluções e biofilmes, além do preparo dos eletrodos que se tornarão biossensores e a aplicação de nanomateriais, que é considerada uma grande aposta na modificação de eletrodos.<br><br>Segundo a estudante, estas atividades lhe ajudarão em seu desempenho acadêmico e também em seu futuro profissional. O trabalho em grupo com meus colegas e o orientador, todos de cursos diferentes do meu, acabam me ajudando a ver determinados detalhes por outro ponto de vista, o que é fantástico, já que tenho a oportunidade de aprender muito mais do que se estivesse apenas em sala de aula. Gabriela explica que a chance de colocar em prática o que foi aprendido em aula é algo valioso. Às vezes não entendemos como determinado princípio funciona. Com os experimentos, podemos utilizar essa base teórica e transformá-la em algo funcional. O desenvolvimento da escrita científica e o contato com equipamentos e técnicas diversas também são constantes e nos fazem sair com uma carga muito grande de aprendizado, opina.<br><br>Para a aluna, o diferencial de fazer IC nesta área é se engajar em atividades que se entrelaçam de forma que o aprendizado e a vivência possam ser os mais completos possíveis. A experiência dentro do laboratório durante a graduação torna o início da vida profissional mais confortável, pois você tem menos receio e consegue mostrar seu potencial mais facilmente. Por ser uma área diferente da ênfase do meu curso, acredito que possa ser um diferencial por complementar ainda mais a tão abrangente Biotecnologia. Fiquei bem animada de ter encontrado algo tão atual e interessante como o estudo dos biossensores e suas aplicações, completa.<br><br>Para o docente Bruno, projetos como este são importantes para a Universidade, pois além de capacitar recursos humanos, como Gabriela, e estudantes de mestrado e doutorado, é uma oportunidade de mostrar à sociedade o que é feito na academia. Estes futuros produtos, além de gerarem inovação para o País, podem resultar em dispositivos que irão beneficiar a todos, finaliza o professor. text/htmltext/plain Data Selecione a data da notícia. Atualizado em Selecione a data de atualização da notícia. 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