Edição de Notícias da UFSCar Categoria Selecione um ou mais campus que a notícia deve ser exibida. São CarlosArarasSorocabaLagoa do Sino Título Informe o título da notícia. Subtítulo Informe o subtítulo Texto Informe o texto da notícia. O aluno <u><a target="_blank" href="http://lattes.cnpq.br/5296702446756168">João Paulo Ribeiro</a></u>, mestrando do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL) da UFSCar, sob orientação da professora <u><a target="_blank" href="http://lattes.cnpq.br/9241992645160356">Maria Sílvia Cintra Martins</a></u>, do Departamento de Letras (DL) da Universidade, traduziu o capítulo 61, Parte II, da obra "Dom Quixote", de Miguel de Cervantes, para a língua indígena nheengatu. A tradução surgiu a partir de um convite feito à docente e demais integrantes do Grupo de Pesquisa LEETRA da UFSCar pelo professor José Manuel Lucia Megias, filólogo espanhol e professor de Filologia Românica na Universidade Complutense de Madrid.<br><br>O livro, intitulado "Quijote Universal", será lançado na Biblioteca Nacional da Espanha, em Madri, no mês de dezembro de 2016, e terá cerca de mil páginas. Maria Sílvia conta que a tradução foi feita do espanhol para o nheengatu. Assim, o título original do capítulo é "<em>De lo que le sucedió a don Quijote en la entrada de Barcelona, con otras cosas que tienen más de lo verdadero que de lo discreto</em>", traduzido por "<em>Maã usasá resewara don Quijote irumu Barcelona rukena upé amu maã irumu uriku waa supisawa piri ti akangaíma suí</em>". "A possibilidade de realizar esta tradução inclui fortemente o professor Eduardo Navarro, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da USP não apenas porque ensina nheengatu, mas pela demonstração de que se deve acreditar que estamos fazendo um grande ato. Além disso, a tradução só foi possível porque a professora Maria Sílvia visualizou esta possibilidade. No entanto, isto tudo já está no próprio Don Quijote. É o que aprendi com eles de como aplicar a Linguística", afirma João Paulo.<br><br>De acordo com a docente Maria Sílvia, "João Paulo é um profundo conhecedor de nheengatu. Ao supervisionar seu trabalho, relacionei com ele os textos em espanhol e em nheengatu de modo que chegássemos às escolhas mais interessantes para a tradução. Essa é uma tradução que envolve algum grau de criação literária, não podendo ser totalmente literal", esclarece. A professora reforça que a tradução desta tradicional obra para diversas línguas é de fundamental importância para a literatura, proporcionando um novo leque de possibilidade de leitura para a obra de Cervantes. "Isso significa, por exemplo, que a existência de um Don Quijote falando uma língua indígena brasileira é perfeitamente previsível na obra magistral do romancista espanhol, ou seja, coaduna-se com a maneira de ser e de existir de seu personagem. É como se o nheengatu já estivesse sempre ali, esperando para ser explicitado", relata.<br><br>Além disso, para ela, este trabalho significa mais uma forma de fortalecimento dos indígenas em geral e do indígena brasileiro em particular. "Sendo uma língua geral, quer efetivamente falada, quer conhecida em maior ou menor parte pela maioria dos indígenas brasileiros, acreditamos na potencialidade de a língua nheengatu representar, à sua maneira, tal qual uma embaixatriz ou diplomata (como língua geral, o nheengatu é eminentemente uma língua da diplomacia), as cerca de 180 línguas indígenas brasileiras", afirma.<br><br>A tradução também mostra o reconhecimento da pesquisa e demais atividades que o Grupo LEETRA vem desenvolvendo há cerca de 10 anos. "Isso também mostra a valorização das diversas ações que envolveram a formação de professores para o trabalho com a temática indígena em sala de aula, em cumprimento da Lei 11.645/08, e a organização pelo LEETRA de eventos em torno da cultura e da literatura indígenas, além da participação em redes nacionais e internacionais voltadas a essa temática", relata. Maria Sílvia conta que o grupo desenvolveu também um curso a distância com a pesquisadora de literatura indígena Renate Eigenbrod, assim como a tradução literária de narrativas em língua wanano para a língua portuguesa em conjunto com a antropóloga americana Janet Chernela. Também temos trabalhos em andamento com a UFOPA, para quem subsidiamos a produção de material didático bilíngue (nheengatu/português), e acordos com a pesquisadora Lillian de Paula (UFES), hoje residente em Nova Iorque", enumera. Mais informações sobre o LEETRA podem ser obtidas em <u><a target="_blank" href="http://www.leetra.ufscar.br">www.leetra.ufscar.br</a></u>. text/htmltext/plain Data Selecione a data da notícia. Atualizado em Selecione a data de atualização da notícia. Hora Informe a hora utilizando o formato HH:MM:SS. Data de Expiração Selecione uma data para a notícia expirar. Horário de Expiração Informe o horário que a notícia deve expirar utilizando o formato HH:MM:SS. 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